Há algum tempo eu falei como eu adquiri o meu e-reader (clique aqui), mas não falei porque eu resolvi ter um. Pelo que eu vi na internet até hoje, as minhas necessidades de tê-lo vão desde a mais comum até a mais “incomum”. Como eu vi que algumas aplicações dele podem deixar a nossa vida mais simples e que, às vezes, elas podem ficar esquecidas na generalização de que ele foi feito para ler livros, decidi comentar por aqui alguns dos meu motivos.
Sempre fui do tipo que acha mais interessante ler o livro físico, passar as páginas, sentir seu cheiro de novo e essas coisas bestas, não posso negar. Contudo também sempre fui do tipo que fica pensando em quantas árvores foram necessárias para eu ter a minha pequena biblioteca, que se soma com a pequena biblioteca da minha tia, do meu vizinho, do meu colega de sala, afinal, não sou a única que gosta de livros no mundo.
Com esses pensamentos paradoxais que comecei a consumir livros virtuais. No começo lia no celular, depois passei para o computador… e pensando em um dia ter um aparelho que me trouxesse o conforto visual que o livro me dá. Digo o conforto visual porque um livro pode, sim, trazer algum desconforto para a leitura. Já fui censurada por pensar assim, inclusive.
Outra característica minha que me levou a desejar algo do tipo foi a minha necessidade de ter livros por perto. Ou seja, se eu saio, para onde for, eu tenho um livro dentro da bolsa. Pessoas têm muitas manias, essa é a minha. Mas tenho consciência de que eles não foram feitos para caminhar em feiras, supermercados ou em um passeio no parque, pois pesam e se danificam. Eu queria que fosse algo leve e durável. E, bem, e-readers são assim.
Dito isso, falarei das três formas que as coisas “aparecem” no meu Kindle.
- Loja Kindle: a mais óbvia de todas as aparições. Do próprio aparelho, é possível ter acesso à loja da Amazon. As compras vão todas para o cartão de crédito e todo mês minha fatura vem levemente mais alta (hehe). A vantagem, ao meu ver, é o valor. Como estamos comprando o conteúdo, a falta da parte física acabando deixando alguns livros mais baratos. Observando as promoções do site, até hoje não comprei nenhum livro acima de R$ 10.
- E-mail: sim, é possível mandar e-mails para o Kindle e a aplicação é bem simples. Se você tem um livro em pdf no seu computador e quer ler no e-reader é só mandar por e-mail que está de boa. Aprendi isso em um vídeo no YouTube (clique aqui) e achei tão útil que não paro de usar.
- Push to Kindle: é outra ferramenta que não paro de usar desde que a conheci e foi explicada no mesmo vídeo do ponto anterior.
Já são quase três meses e meio que meu Kindle está na labuta comigo e apenas nessa semana eu percebi que eu poderia estar pensando levemente diferente dos que estão a minha volta.
Um dos meus professores passou dois artigos de um site para lermos e discutirmos em sala. Para isso, ele julgou necessário que levássemos os textos impressos para que pudéssemos grifar e anotar nossas impressões durante a leitura e a conversa em sala. Sendo 6 páginas cada artigo e turma com 18 alunos, e apenas eu com o texto sem papel em cima da mesa.
Acho que vale ressaltar que o Kindle tem ferramentas de destaque e notas, o que não deixaria para trás a falta do texto impresso. Será que não vale a pena investir um pouco mais e tentar consumir um pouco menos de papel? Tenho consciência que meu curso tem algumas outras atividades que o uso do papel é indispensável, por que não evitar onde pode ser evitável?
Realmente o meu consumo de papel na minha vida como um todo me incomoda bastante e me pergunto se isso é só comigo.